Pros e contras na emissão de NF-e
O conceito de nota fiscal eletrônica é relativamente novo,
em 2008 foi publicada a portaria CAT 162 a qual dispõe sobre a emissão da NF-e.
Em principio essa novidade causou estranheza e foram muitas
barreiras a serem vencidas até que chegássemos ao que a nota fiscal eletrônica
representa hoje.
Alguns profissionais da área fiscal nem conheceram a nota
fiscal em papel, com uma série de vias devendo ser arquivadas em pastas,
copiadores...
No decorrer desses 7 anos de nota fiscal eletrônica, foram
publicadas muitas normas, notas técnicas, legislações mesmo propriamente ditas
a respeito, informando e moldando o que temos hoje, foram várias alterações,
aos poucos foram inseridas novas validações para que a emissão fosse o mais
correta possível.
A nota fiscal eletrônica trouxe um padrão de emissão de
documento fiscal, e também a digitalização dos arquivos, facilitando a vida de
quem faz levantamento de notas fiscais e diminuindo a circulação de papel.
Ainda temos em papel o DANFE que é o documento físico que foi criado para
acompanhar a mercadoria, porém ele pode ser descartado quando do recebimento da
nota fiscal nos registros de entradas. Muitas empresas ainda guardam o DANFE
por segurança, porém acredito que essa cultura de guardar os documentos
fisicamente, com o tempo e com a evolução do processo será deixada de lado.
Aos poucos as obrigações acessórias também vão se tornando
digitais, as formas de apresentação de documentação ao fisco também. Antes em
caso de alguma auditoria ou fiscalização era necessário levantar calhamaços e
mais calhamaços de documentos e hoje isso foi simplificado. Ainda temos muito a
percorrer, mas é importante ter consciência da evolução que está ocorrendo e
que muda (na maioria das vezes para melhor e mais ágil) o trabalho do analista
fiscal que possui cada vez mais ferramentas que possibilitam a realização do
seu trabalho com mais e mais qualidade.
Toda essa mudança exige também muito estudo e que estejamos
atentos as novidades do mercado para não incorrer em erros, esse é um desafio: mantermos-nos
sempre atualizados para prestar um serviço sempre de altíssima qualidade para
nossos clientes.
É claro que com a digitalização dos processos o fisco também
está cada vez mais a par do que as empresas estão fazendo e como estão agindo
de forma que tudo isso facilitou muito também o trabalho da fiscalização que
pode analisar todas as operações das empresas em questão de minutos.
Como tudo tem seus pros e seus contras, sempre encontraremos
pontos bons e ruins no antes e depois NF-e, porém acredito que são mais pontos
bons que permitem ao analista fiscal ser mais analítico mesmo no sentido
literal da palavra, as muitas obrigações manuais impediam, muitas vezes que
fossemos além.
Nenhum comentário:
Postar um comentário